15 novembro 2012

Já o disse noutros espaços cibernáuticos. Estamos a entrar num tempo que ou deixamos de olhar para o mundo do nosso umbigo ou vamos ser acumuladores de infelicidade. Sim, vivemos em tempos muito difíceis, mas na minha opinião são tempos de desenterrar antigas sociabilidades, como a inter ajuda que viveu durante tantos anos em ambientes de características mais rurais. Temos que olhar para o outro, estar atento às necessidades dos outros que nos rodeiam. Quem tem mais, que ajude quem tem menos. E principalmente parar com os ódios. Todos erramos. E se estamos mal temos que manter a esperança que melhores dias virão e que novas portas se abrirão. Quanto à greve de ontem, envergonha-me o que aconteceu. Foi totalmente desnecessário e claramente provocado. Que direitos foram defendidos ontem?

13 janeiro 2012

O valor humano

Assusta-me como com o desenrolar dos tempos as pessoas, a sua humanidade está a perder valor. Todos temos preço, toda a nossa existência parece cotada pelos patrões da banca, da bolsa, das empresas, da riqueza. Algumas decisões políticas estão despidas da dignidade humana.
Tudo nos é estrupiado em nome do lucro.
Qualquer dia seremos apenas isto:

11 janeiro 2012

Onde andam as mudanças?

Começo a perder a esperança neste governo. Parecia-me que estavam a ser encaminhadas as reformas estruturais de que o nosso governo precisa, mas esta semana parecemos estar a voltar à tendência estrutural do nosso país em colocar em cargos de gestão os partidários amigos. Não consigo entender este espírito mesquinho, tacanho do nosso país em ver a política apenas como um meio para enriquecer e não para servir. Quase que apetece dizer...acabem os partidos...mas isso acarreta um regime político com muitas desvantagens.
Quando aparecerá um corpo político que procurará fundar a nossa função pública com base no mérito? Depois teriam também que mudar as mentalidades dos nossos trabalhadores no sentido da meritocracia e não da "cunha" e da "graxa".
Espero que algures nos arautos da história do futuro se falem de homens de bravura e de honra, como os que antigamente lutavam pela nação e ofereciam-se para morrer por ela.

06 janeiro 2012

Amálgamas...

É engraçado pensar como a nossa dedicação a um blogue se desenvolve na ordem contrária para a qual nós o criámos. Tinha o desejo de ser mais assídua, mas infelizmente não o tenho conseguido. Acho que a culpa é do facebook.
Nestes últimos tempos e desde que vim de Madrid, sinto que me tornei uma pessoa mais grata pela vida, mais atenta, mais crente e isso deixa-me muito satisfeita. E enquanto lá fora o nosso país vai tentando sobreviver ao "tsunami" provocado por este neo-liberalismo económico e crise internacional, sinto que continuo tranquila.
Claro que não estou contente, principalmente pelos falsos dramas criados pela comunicação social ou pela agenda política, mas acredito que vamos lá.
Continuo crente que as coisas mais importantes não são cotadas na Bolsa, nem sofrem oscilações monetárias, nem taxas de juro. Por isso como é que a Família, o Amor, a Amizade não são mais valorizados? Não sei responder. Mas felizmente sei que os vou valorizando , vivendo e apregoando.
Até à próxima...

18 novembro 2011

Que cultura?

Esta semana fomos brindados com um inquérito feito a estudantes universitários, com perguntas que abrangem várias áreas do conhecimento. Fiquei chocada? Nem por isso. Não considero a amostra assim tão significativa do que é a realidade cultural universitária. Embora considere que é grave que exista uma franja da população que não saiba responder àquelas perguntas.
A mim o que me preocupa mesmo é em que etapa do percurso académico está o país a falhar? E sinceramente não consigo responder. As perguntas feitas todas abrangem conhecimentos apreendidos até ao 12º ano. Por isso, a mim o que me apraz dizer é que a memória dos estudantes tem que ser mais bem exercitada e talvez encontrar formas de criar mais aprendizagens significativas.
Penso também que cada vez mais há um desinvestimento dos pais em estimular e desenvolver a cultura geral dos pais.
As crianças, desde pequenas são entretidas com jogos, bayblades, gormitis ou o canal "Panda". Mais tarde com consolas, se tiverem sorte no 2º ciclo já têm telemóveis e, por isso, entretêm-se com sms, jogos. Com o "Magalhães" todos já navegam pela net.And so on...

Urge criar novos hábitos, de leitura, de estudo, de visitas culturais...e depois talvez encontremos mais jovens mais cultos.

13 novembro 2011

A pequenez humana perante a imensidão da natureza

Depois de um fim-de-semana na Serra da Estrela e perante a falta da tão esperada neve, calcorreei alguns trilhos do Vale Glaciar do Zêzere e Loriga e perdi-me na imensidão de tanta beleza natural. Realmente a espécie humana é pequena em relação ao espectáculo que são as árvores vestidas com cores de outono, às encostas escarpadas, às pedras que repousam há milénios num equilíbrio desconcertante.
Tudo isto me faz pensar que nada foi feito por acaso. E como é pena não podermos aproveitar melhor esta prenda que nos foi oferecida.

13 outubro 2011

Depois do lançamento do OE 2012...

Várias ideias afloram a minha mente depois das notícias da hora do jantar. Chegámos a um período da História do nosso país em que olhar para o passado é inútil. Somos convidados a construir o futuro a partir da situação real do nosso país. Podendo não concordar com todas as medidas deste Orçamento, penso que não podemos esquecer que o país está à beira da falência. Queremos chegar ao estado da Grécia?Não. Queríamos chegar a esta situação?Não. De quem é a culpa? De pouca gente e de muita ao mesmo tempo, principalmente deve-se a um acumular de erros da história. É justo o sacrifício? Provavelmente não, mas é necessário. A questão é como é que individualmente e como nação vamos gerir os próximos anos.
Fazer futurologia é inútil. Esperamos que as medidas sejam eficazes para sairmos deste buraco financeiro. Primeiro temos que tentar salvar-nos, depois reconstruir-nos.
E sim eu sei que não vai ser fácil e que provavelmente quem antes geria um orçamento apertado, vai ter que saber geri-lo ainda melhor. Ms penso que é importante que vamos viver mais na verdade da nossa realidade.
Se calhar neste novo cenário de vida vamos começar a perceber o essencial da nossa vida, se calhar vamos viver melhor o Natal, com menos dinheiro, viver as férias que realmente estão de acordo com o nosso bolso. Se calhar vamos viver mais em família e menos nos shoppings. Sermos felizes, mesmo se materialmente estamos mais precários.
Não sei, mas precisamos ver o lado positivo de todas as coisas. Chamem-me condescente, conformada, ms quem me conhece sabe que eu acredito no futuro e procuro manter a esperança.
Quando se perde a esperança, morre-se.